Bíblia

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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Afinal...quem é a pedra?







A Igreja NÃO FOI construída sobre pedra ou fundamento humano (seja Pedro, seja Paulo, seja Maria, sejam tradições e dogmas adicionados ao corpo doutrinário dos ensinos dos primeiros apóstolos e Paulo),mas UNICAMENTE sobre a Rocha e Pedra Fundamental Jesus Cristo, ou seja: sobre quem ELE É, O QUE FEZ, FAZ E ENSINOU.

Desde a época do salmista (Sl. 118:22), passando pelo profeta Isaías, a palavra profética já anunciava que o Messias, seria a PEDRA DE ESQUINA FUNDAMENTAL na construção do Reino de Deus na terra.

Is. 28:16: "Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse."

Jesus afirmou ser ele mesmo essa Pedra rejeitada pelos construtores (religiosos oficiais) Mateus 21:42,44. No meio destas discussões, Jesus citou a profecia de Salmo 118:22-23 – “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos.”

Nas construções antigas, a pedra angular era a pedra de esquina que servia para alinhar toda a construção. A escolha de uma boa pedra facilitaria a construção conforme a planta. Uma pedra fora de esquadria, resultaria numa construção errada. Os construtores de Israel julgavam Jesus uma pedra inadequada para o tipo de construção religiosas que eles queriam. Deus o julgou perfeito para edificar a Igreja conforme a planta divina.

Pedro fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém:
“Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4:11).

Paulo fez a mesma aplicação deste tema: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor.”(Ef. 2:19-21).

Por terem uma relação especial com a pedra angular, eleita e preciosa, os cristãos devem viver de maneira distinta do mundo: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:4-5).

A Pedra JESUS que foi rejeitada no passado pelos "doutores da Lei" e líderes religiosos da época, infelizmente continua sendo rejeitada por alguns doutores e líderes religiosos da nossa era.

Na época de Jesus, a maioria dos líderes religiosos – mesmo aqueles que afirmavam servir a Deus – rejeitaram o próprio Senhor. Eles queriam construir suas vidas e religiosidade conforme as suas próprias idéias e tradições, enfatizando alguns princípios da Palavra de Deus e ignorando outros. As tradições destes líderes, muitas vezes, tomou o lugar da verdade revelada por Deus.

Há muitos construtores religiosos do passado e do presente. Líderes religiosos que procuram construir dogmas, práticas e ensinos religiosos que rejeitam o Senhor e a Palavra dele e estabelecem outras bases que se tornam sagradas e "infalíveis".

Quando suplantam Jesus, os construtores colocam suas próprias pedras no fundamento de suas igrejas. Geralmente, estas pedras são distorções de ensinamentos bíblicos.

"Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus". (Mateus 16:13-19).

Encontramos nesta ocasião, Pedro revelando a divindade de Jesus ou seja, afirmando que ele é Deus. Baseado na declaração de Pedro sobre quem é Jesus, Ele afirma: "tu é Pedro e sobre essa pedra (essa afirmação de quem Eu sou) edificarás a minha Igreja".

O contexto é claro: a igreja seria edificada sobre a revelação de quem era Jesus e o que veio fazer. Então Jesus fala que não foi carne nem sangue quem revelou isto a Pedro, mas o próprio Pai que estava no céu.

Desta maneira, Jesus demonstra claramente que a pedra fundamental da igreja não é assentada sobre homem algum, sobre carne ou sangue humanos, mas fundamentalmente sobre a revelação do próprio Deus no coração dos homens, que traz como fruto a fé no Filho do Deus vivo.

Entretanto, a má interpretação deste texto, é a fonte primacial de toda a dogmática católica. O “Tu es Petrus”, carrega atrás de si um séqüito de outras pedras heréticas erigidas em cima dos sofismas, dos textos deslocados de seus respectivos contextos, interpretados de modo arbitrário pelos teólogos e doutores papistas. Este texto, mal interpretado, é o genitor da infalibilidade papal, do poder temporal, e das demais aberrações teológicas, ilogismos e invencionices teológicas dessa igreja.

Ao se desmontar à luz da Bíblia, todo este disparate teológico, coloca-se por terra a base em que se firma a eclesiologia do catolicismo, juntamente com todos os erros teológicos que o mesmo produziu ao longo dos séculos.

O desafio lançado ao Cristianismo é simples, mas exigente: voltar à pedra angular verdadeira.

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3:10).

O exposto aqui, está em perfeito acordo com o contexto doutrinário e teológico de todo o Novo Testamento. Sendo “Petros” um fragmento tirado da grande rocha, há de se ver uma conotação com todos os cristãos como petros, e isto é descrito pelo próprio Pedro:

“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual...” I Pedro 2:5

Por sua vez todas estas pedras vivas estão edificadas sobre a grande Petra que é Jesus:

Efésios 2.20. Agora compare estes dois versos: “E quem cair sobre ESTA PEDRA será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó...”


No entanto, alardeiam ainda os católicos, que na simbologia das chaves (Mateus 16:19) há uma supremacia jurisdicional sobre toda a cristandade.

Observe que foram as chaves do Reino do Céu e não da Igreja que foram dadas. O Reino do Céu não é a Igreja!

Convém relembrar, que o uso dessas chaves estavam anteriormente nas mãos dos fariseus:

Lucas 11:52" Ai de vós, doutores da lei! porque tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes aos que entravam".

Portanto, essas chaves, na verdade, representam a propagação do evangelho de arrependimento de pecados, pelo qual todos os cristãos, e não Pedro apenas, podem abrir as portas dos céus para os pecadores serem salvos.

Tanto é, que em Mateus 18:17- 20, Jesus confia as mesmas chaves aos demais apóstolos:
"Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles".

Pedro foi o primeiro a usar estas chaves no poder do Espírito Santo em Pentecostes, onde quase três mil almas foram salvas de uma só vez. Depois a usou para pregar ao primeiro gentio Cornélio.

Esta chave que abre a porta dos céus, não é prerrogativa exclusiva do hierarca católico.

Nenhum ser humano tem poder de monopolizá-la como querem os Católicos Romanos ao afirmarem serem a única igreja de Cristo na face da terra e a única detentora das chaves dos céus.

Orígenes coerentemente comentou: "Se nós dissermos também: 'Tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo', então tornamo-nos também Pedro (...) porque quem quer que seja que se una a Cristo torna-se pedra".

Pedro foi então, o primeiro "crente" em Cristo, e se os outros o quiserem seguir podem "imitar" Pedro e serem também pedras vivas, recebendo também as mesmas chaves que ele recebeu.

Jesus, com as Suas palavras relatadas no Evangelho, sublinha o sentido da Fé como fundamento da Igreja, mais do que funda a Igreja sobre Pedro, como a Igreja Romana pretende.

Tudo se resume, portanto, em saber se a Fé depende de Pedro, ou se Pedro depende da Fé...

Porém, os católicos, ainda frisam as palavras “confirmar e apascentar” ditas por Jesus a Pedro mais adiante, vendo nelas uma suposta primazia jurisdicional petrina.

A falácia deste argumento está em não mostrar que o apóstolo Paulo também “confirmava” as igrejas (At. 14:22 – 15:32,41).

Quanto ao “apascentar”, esta também não era uma exclusividade de Pedro pois todos os bispos, segundo At. 20:28, deveriam ter também esta incumbência.

Para sermos coerentes, deveríamos dar este “status” de primazia também aos demais, pois não só apascentavam como também confirmavam as igrejas.

É certo que Pedro, provavelmente o mais velho e intrépido, foi o primeiro a fazer primeira pregação do Evangelho de Cristo. Convém observar que, ao terminar a mensagem, ninguém o teve por especial, mas dirigiram-se a todos os discípulos(At. 2:37) com a expressão: “Que faremos varões IRMÃOS?”. Dirigiram-se à toda igreja ali presente nos primeiros discípulos de Jesus e não apenas a Pedro.

O caso de Cornélio é um outro contragolpe no argumento romanista, pois Pedro teve que dar explicações perante a Igreja, por ter se misturado e comido com um gentio.

Aonde estava a suposta primazia de Pedro neste episódio? Se a tivesse, não daria explicações perante seus supostos comandados e ainda imporia o seu padrão de liderança. Mas Pedro teve de se explicar, justamente por que não possuía nenhum governo sobre os demais.

A miopia exegética é um mal constante na cúpula romana e leva-a a ver frequentemente o que não está no texto bíblico. Os sofismas a respeito de uma supremacia e governo papal católico são flagrantes para quem conhece o texto bíblico.

O golpe teológico final sobre estes sofismas católicos papais está em Jesus não titubear e corrigir algumas precoces ambições de supremacia entre eles. Certa feita tal idéia foi sugerida ao mestre (Mateus 20:18-27) que no mesmo instante a rechaçou dizendo: “...Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles.Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;...”

Noutra feita, essa questão foi novamente levantada(Lucas 22:24). Veja que se os apóstolos tivessem cientes desta utópica promessa da supremacia petrina, de maneira alguma teriam levantado esta questão e o próprio pescador Galileu, ou mesmo Jesus, haveriam de esclarecer-lhes o primado de Simão Pedro sobre eles, a recordar a alegada promessa em Mateus 16:18. Mas Jesus fez isto, simplesmente porque essa alegada supremacia de Pedro sobre os demais, não existia.

Aliás, o próprio Pedro desfaz essa lenda católica papal, ao dizer que: “ninguém tenha DOMÍNIO sobre o rebanho...” (I Pd. 5:1-3)

Não se pode ver aí nenhum vestígio de superioridade, supremacia ou destaque sobre os demais, pois ele mesmo se igualava aos outros dizendo: “...que sou também presbítero com eles...”

Pedro ao invés de mandar, foi mandado...e obedeceu (Atos 8:14), fazendo jus às palavras de Jesus “Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.” (Jo. 13:16)

Não obstante a Bíblia trazer um silêncio sepulcral sobre o alegado ensino papal, os católicos afirmam ser fato incontestável ter sido o apóstolo Pedro o fundador da igreja em Roma. Atribuem-lhe ainda um pontificado de 25 anos na capital do Império Romano e conseqüente morte neste lugar.

Há de se frisar que somente a chamada "tradição”, vem em socorro da causa romanistas nestas horas e mesmo assim de maneira dúbia.

Vejamos:

Pedro não pode ter sido papa durante 25 anos, pois foi martirizado no reinado do Imperador Nero, por volta de 67/68. Subtraindo vinte cinco anos, retrocederemos ao ano de 42 ou 43. Nessa época não havia se realizado o Concílio de Jerusalém (Atos 15), que se deu por volta de 48-49, Pedro participou (mas não deveria pois segundo a tradição, nesta época, ele estava em Roma), no entanto, foi Tiago quem o presidiu (Atos 15;13,19).

Em 58, Paulo escreveu a epístola aos Romanos. E no capítulo 16 mandou uma saudação para muitos irmãos, mas Pedro sequer é mencionado. Paulo chegou a Roma no ano 62 e foi visitado por muitos irmãos (Atos 28;30 e 31). Todavia, nesse período, não há nenhuma menção de Pedro.

O Apóstolo Paulo escreveu quatro cartas de Roma: Efésios, Colossensses, Filemon(62) e Filipenses(entre 67 e 68) mas Pedro não é mencionado em nenhuma delas.
Todos sabem que o trono dos papas teve seus momentos de vacância, muitos papas conquistaram este título por dinheiro, alguns papas considerados legítimos foram condenados como hereges, outros pela ganância do cargo foram envenenados por seus rivais, ainda outros foram nomeados por imperadores; quando não, havia três ou mais papas se excomungando mutuamente pela disputa da cadeira de São Pedro. Sem falar é claro, da época negra do papado, aonde reinou digamos, uma espécie pornocracia. Vide:

http://www.youtube.com/watch?v=ScSeKS8CpH4&feature=related

Ao assistir esse documentário sobre a vida secreta de alguns Papas católicos,passa-se a compreender que, não foi por acaso que na “Divina Comédia”, Dante Alighieri, coloca vários papas no inferno.

Há ainda uma tremenda contradição nas muitas listas dos pontífices romanos expostas por historiadores católicos, nas quais os nomes de tais sucessores aparecem trocados ou faltando.

Não creio que Deus colocaria homens como estes para serem Pedras da Sua Igreja, nem seus representantes na terra, ou porta-vozes dos seus ensinos.

Deus sempre usou homens santos, por Ele santificados e que se santificam por Ele.

A bem da verdade, essa tal sucessão ininterrupta e contínua dos Papas, revela-se totalmente falsa, visto que, conforme até agora exposto, não há base teológica, bíblica, lógica e/ou histórica para sustentar o ensino católico a respeito do papado.

É por demais ultrajante mesmo para uma mente mediana suportar tamanha incongruência.

Pelo que foi resumidamente exposto acima, podemos concluir serenamente que: PEDRO NUNCA FOI PAPA, NUNCA FOI A PEDRA DA IGREJA DO SENHOR E NEM TAMPOUCO O VIGÁRIO DE CRISTO. NEM ELE, NEM NENHUM DOS SEUS SUPOSTOS SUCESSORES HISTÓRICOS. A PALAVRA PAPA OU ENSINO SOBRE UMA SUPOSTA SUCESSÃO PAPAL SEQUER ENCONTRA-SE NA BÍBLIA.

Portanto, a estória que os católicos romanos contam sobre Pedro ter sido Papa e ter deixado sucessores imperiais sobre a Igreja de Cristo, não passa de mera fábula. Na construção desta fábula, os autores da mesma, embaralharam as palavras gregas 'Petra e Petros" (ver Mat. 16:18), fizeram uma péssima exegese e trapacearam na interpretação, confundindo a Cristandade ao longo dos séculos, impondo leis dogmáticas ditas inquestionáveis e infalíveis.

Não resta qualquer dúvida que Cristo edificou Sua Igreja sobre Si mesmo e não sobre Pedro.

Infelizmente a verdadeira PEDRA CRISTO, tem sido suplantada por séculos de tradições humanas baseadas na PEDRA DA SUCESSÃO PETRINA, na mente, coração, fé e práticas dos católicos.

“Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4:11).

Convém refletir sobre que pedra você têm assentado a sua fé e prática religiosa, pois ainda há tempo para arrependimento, conserto e de fundamentar as mesmas sobre a verdadeira PEDRA ANGULAR JESUS: "... no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor.”(Ef. 2:19-21)

Pois, Pedro apesar de ser pedra no nome, não é e nunca foi a PEDRA DO CRISTIANISMO.

A PEDRA ANGULAR, DE ESQUINA E FUNDAMENTAL DE TODO O CRISTIANISMO, DA NOSSA FÉ E DA NOSSA VIDA É EXCLUSIVAMENTE JESUS CRISTO O FILHO DO DEUS VIVO E VERDADEIRO!

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